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Cabral é condenado a mais 14 anos e cinco meses de prisão

G1: " Em nota, os advogados de defesa de Maurício Cabral, Daniel Raizman e Fernanda Freixinho, afirmaram que o cliente é inocente"


O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi mais uma vez condenado em outro processo na 7ª Vara Federal Criminal. Na sentença desta segunda-feira (3), o juiz Marcelo Bretas condena Cabral a 14 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado. Somadas, as penas se aproximam de 200 anos (197 anos e 11 meses).


Além do ex-governador, a ex-mulher e o irmão dele, Susana Neves Cabral e Maurício Cabral, respectivamente, também foram condenados. Susana terá de cumprir oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, e Maurício quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto.


Outro réu, Alberto Silveira Conde, contador da FW Engenharia, foi sentenciado a cumprir seis anos em regime semiaberto. Flávio Werneck, dono da FW Engenharia, foi condenado pelo juiz Bretas a oito anos e quatro meses de reclusão.


Em nota, os advogados de defesa de Maurício Cabral, Daniel Raizman e Fernanda Freixinho, afirmaram que o cliente é inocente. Segundo eles, o juiz "não avaliou adequadamente o conjunto probatório, em especial o depoimento do colaborador Carlos Miranda, que afirmou na sua delação e ante o juízo, que Maurício Cabral não participou do esquema criminoso". A defesa informou que irá recorrer da sentença.


Denúncia

Cabral e os outros réus foram condenados com base em denúncia apresentada no início de junho pelo Ministério Público Federal (MPF). O texto citava pagamento de R$ 1,7 milhão em propina, que teria sido lavado por meio de empresas de fachada.


No início do mês anterior à denúncia, dois endereços ligados a Susana Neves foram alvo de busca e apreensão. A acusação partiu de fatos apurados nas Operações Calicute e Eficiência, que indicaram que Suzana Neves teria comprado em nome de uma empresa um imóvel em São João del Rei por R$ 600 mil sem que, aparentemente, tivesse recursos de origem lícita compatível.

Além disso, entre outubro de 2011 e dezembro de 2013, o MPF identificou 31 transferências bancárias de recursos do grupo de empresas da empreiteira FW Engenharia, por intermédio da empresa Survey Mar e Serviços Ltda, que realizou pagamentos à empresa em nome de Susana como serviços de consultoria que superavam em duas vez a renda bruta declarada.


Quase 50% dos valores recebidos pela Survey da FW no período analisado pela investigação foram repassados logo em seguida para a empresa de Suzana Neves. A denúncia do MPF apontou para a movimentação como sendo lavagem de dinheiro pago como propina à organização criminosa em contratos que o governo firmou com a FW Engenharia.


Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/12/03/cabral-e-condenado-a-mais-14-anos-e-cinco-meses-de-prisao.ghtml


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